Estamos aprisionados numa esfera mecânica de tempo, convencionada e artificial, que deve ser seguida à risca.
Muitas
vezes nossas necessidades e sonhos ficam cada vez mais espremidos entre as horas
que passam rápido e vamos acumulando cansaço e ressentimento.
As pessoas correm cada vez mais, assumem mais
responsabilidades e se tornam escravas do relógio! A gente não consegue mais
ficar relaxadamente deitado, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa para
fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo
que não seja um gozo, mesmo que seja uma
melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do
fazer, que é conjugado para fora.
Se for para nos permitirmos sermos escravos de algo, não sejamos escravos do tempo; o sejamos dos nossos compromissos,
pois eles irão determinar – bem mais do que nossos horários – nossas futuras colheitas nas estações da vida.
Adaptação da postagem do blog Doida e Santa