terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Prisioneiros do relógio

Estamos aprisionados numa esfera mecânica de tempo, convencionada e artificial, que deve ser seguida à risca.
Muitas vezes nossas necessidades e sonhos ficam cada vez mais espremidos entre as horas que passam rápido e vamos acumulando cansaço e ressentimento.

As pessoas correm cada vez mais, assumem mais responsabilidades e se tornam escravas do relógio! A gente não consegue mais ficar relaxadamente deitado, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa para fazer que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja um gozo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado para fora.

Se for para nos permitirmos sermos escravos de algo, não sejamos escravos do tempo; o sejamos dos nossos compromissos, pois eles irão determinar – bem mais do que nossos horários – nossas futuras colheitas nas estações da vida.

Adaptação da postagem do blog Doida e Santa


Imagem: alimentacaoforadolar.com.br